Quem foi Ogma na mitologia celta? História, origem e simbolismo do deus da eloquência e da escrita
Entre os deuses da mitologia celta, Ogma ocupa um lugar especial. Conhecido como o deus da eloquência, do conhecimento e da escrita, ele não apenas falava com poder: suas palavras moldavam destinos. Era considerado um guerreiro sábio, capaz de unir força e intelecto como poucos.
A origem de Ogma
Ogma surge como membro do Tuatha Dé Danann, o panteão divino dos celtas. Seu papel ia além da guerra ou da liderança: ele representava a força da comunicação e o domínio da linguagem. Para os celtas, a palavra tinha poder mágico, e Ogma era o mestre supremo dessa arte.
O criador do Ogham
A maior contribuição de Ogma foi a invenção do alfabeto Ogham, um sistema de escrita formado por traços e cortes verticais. Mais do que um código, o Ogham era considerado um presente sagrado, usado em inscrições, rituais e magia. Cada letra do alfabeto trazia um vínculo com árvores e elementos da natureza, reforçando a conexão espiritual do povo celta com o mundo ao redor.
O deus eloquente e guerreiro
Apesar de ser um deus da palavra, Ogma também era celebrado como guerreiro. A tradição celta não via contradição nisso: a verdadeira força estava em dominar tanto a espada quanto a mente. Sua eloquência inspirava guerreiros, e sua sabedoria conduzia reis e bardos.
O simbolismo de Ogma
Ogma representa a união entre força e conhecimento, mostrando que o verdadeiro poder nasce da palavra guiada pela sabedoria. Ele simboliza:
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O poder transformador da linguagem.
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A ligação entre natureza e espiritualidade através da escrita.
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A importância de equilibrar guerra e eloquência, ação e reflexão.
Conclusão
Ogma é a prova de que a palavra pode ser tão poderosa quanto a espada. Sua invenção do Ogham marcou para sempre a cultura celta, e sua presença ecoa como um lembrete de que comunicar é criar, e criar é governar.