Quem foi Baldur na mitologia nórdica? História, morte e simbolismo do deus da luz
Na mitologia nórdica, poucos deuses despertam tanta pureza e tragédia quanto Baldur, o deus da luz, da beleza e da inocência. Ele não era apenas amado pelos deuses: toda a criação chorava diante de sua bondade e perfeição. Mas justamente essa aura de pureza o tornaria peça central em uma das maiores tragédias do panteão nórdico.
A origem de Baldur
Filho de Odin e Frigg, Baldur nasceu como reflexo da esperança. Ele representava a claridade em meio às trevas, a harmonia que unia homens e deuses. Sua presença transmitia paz, e muitos acreditavam que enquanto Baldur vivesse, o equilíbrio do cosmos estaria garantido.
Os presságios da morte
Um dia, Baldur começou a ter sonhos sombrios, pressentindo sua própria morte. Frigg, desesperada, pediu a todos os seres e elementos que jurassem não feri-lo. Assim, fogo, pedra, ferro, plantas e até doenças prometeram não lhe causar mal. Mas Frigg se esqueceu de uma planta considerada inofensiva: o visco.
A tragédia causada por Loki
Quando Loki descobriu essa falha, tramou sua armadilha. Os deuses divertiam-se atirando objetos em Baldur, que nada sofria. Então, Loki entregou ao cego Hodur uma flecha feita de visco e o guiou a lançá-la. O projétil atravessou Baldur, matando-o instantaneamente. A luz do mundo se apagou, e todos os reinos choraram sua perda.
O simbolismo de Baldur
Baldur é o reflexo da luz frágil, que mesmo pura, pode ser destruída pela inveja e pela malícia. Sua morte simboliza:
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A inevitabilidade do destino, mesmo para os deuses.
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A vulnerabilidade da inocência diante do caos.
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A lembrança de que até a maior pureza desperta sombras ao redor.
Baldur no Ragnarök
Segundo as lendas, após o Ragnarök, Baldur retornaria do mundo dos mortos para governar um novo ciclo cósmico. Sua ressurreição seria o sinal da renovação da luz após a escuridão final.
Conclusão
Baldur é mais do que uma figura trágica: ele é o símbolo da esperança que renasce mesmo depois da destruição. Sua lenda nos lembra que a luz pode ser apagada, mas nunca para sempre.